Análises em embalagens de 20 litros do lote 239 do produto identificaram a bactéria Pseudomonas aeruginosa em índices acima dos limites
O Ministério Público e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) determinaram o recolhimento imediato de bombonas de água do lote 239 da marca Sarandi no Rio Grande do Sul após testes realizados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) terem identificado a presença da bactéria Pseudomonas aeruginosa em índices acima dos limites estabelecidos pela legislação. Os recipientes são de 20 litros, com data de fabricação em 26 de agosto deste ano e validade até 26 de fevereiro de 2017.
A bactéria é causadora de infecções respiratórias, urinárias e da corrente sanguínea em pessoas com a saúde debilitada, especialmente crianças e idosos, mais vulneráveis a esses microrganismos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que águas engarrafadas sejam totalmente livres de Pseudomonas aeruginosa.
De acordo com o promotor Mauro Rockenbach, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco Segurança Alimentar, a Sarandi não está sendo investigada. A determinação da retirada do lote do mercado foi apenas por precaução.
— Depois da Operação Gota D'Água, pedimos para a vigilância monitorar todas as marcas de água à disposição do consumidor. Eles estão fazendo testes em amostras e acompanhando. O que fizemos agora foi só para alertar a população. A empresa já foi comunicada e deverá ajudar nesse recolhimento preventivo — explica Rockenbach.
A Operação Gota D'Água, realizada em junho deste ano, desvendou um esquema criminoso que consistia em vender água mineral da marca Do Campo Branco em condições impróprias para o consumo humano. Além da presença da bactéria Pseudomonas aeruginosa e de coliformes totais, os produtos também continham limo, sujeira e mofo. Oito pessoas foram denunciadas pelo MP.
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